Alta Disponibilidade com Failover Clusters


Antes de seguir para o próximo capítulo na minha série sobre o laboratório de virtualização, acho que esta pode ser uma boa oportunidade para rever algumas das opções de agrupamento (clustering) disponíveis hoje. Vou usar o Windows Clustering Failover Server com Hyper-V, porque no mundo de hoje a tendência é combinar a Virtualização com Alta Disponibilidade (AD).

Há muitas maneiras de implementar estas soluções e os conceitos básicos de design aqui apresentados podem ser adaptados para outras plataformas de virtualização. Alguns deles não garantirão uma solução tolerante a falhas, mas a maioria pode ser usada em situações específicas (mesmo que apenas para fins de demonstração).

Duas máquinas virtuais num servidor físico


Neste cenário, um cluster de AD é construído entre duas (ou mais) máquinas virtuais numa única máquina física. Aqui temos um único servidor físico executando o Hyper-V e duas partições filho em que é executado o Failover Clustering. Esta configuração não protege contra falhas de hardware porque, quando o servidor físico falhar, ambos os nós (virtuais) do cluster falham. Portanto, a máquina física em si é um ponto único de falha (Single Point Of Failure - SPOF).

Duas máquinas virtuais num servidor físico
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Como configurar um laboratório de virtualização (III)

Redes no failover cluster

O primeiro passo na instalação do failover cluster é a criação de um domínio visto que todos os nós que integram o cluster têm que pertencer ao mesmo domínio. E antes de fazer isto, voltei a alterar a configuração de rede de todas as MV de modo a adaptá-las a um melhor funcionamento neste novo ambiente.

LAB-DC:IP: 192.168.1.10
Gateway: 192.168.1.1 (Router Físico)
DNS: 127.0.0.1
DNS Alternativo: 192.168.1.1

LAB-NODE1:
IP: 192.168.1.11
Gateway: 192.168.1.1
DNS: 192.168.1.10 (DC)
DNS Alternativo: 192.168.1.1 (Router Físico)

LAB-NODE2:IP: 192.168.1.12
Gateway: 192.168.1.1
DNS: 192.168.1.10
DNS Alternativo: 192.168.1.1

LAB-NODE3:
IP: 192.168.1.13
Gateway: 192.168.1.1
DNS: 192.168.1.10
DNS Alternativo: 192.168.1.1

LAB-STORAGE:IP: 192.168.1.14
Gateway: 192.168.1.1
DNS: 192.168.1.10
DNS Alternativo: 192.168.1.1

Assim, fiquei com um domínio com 5 máquinas; um controlador e dois servidores como MVs do Hyper-V, um servidor como MV do VMware e outro servidor como MV do VirtualBox.

Até aqui já demonstrei que é possível integrar na mesma infra-estrutura servidores virtualizados sobre diferentes plataformas e técnicas de virtualização porque neste caso temos MVs em hipervisores de Tipo 1 (Hyper-V) e de Tipo 2 (VMware Workstation e VirtualBox).

A opção pela criação de uma rede com IP estático é tão válida quanto a da utilização do DHCP. Mais à frente irei explorar as potencialidades de rede dos clusters em Windows 2008 mas por agora mantive a rede assim e continuei a instalação do laboratório.

Como configurar um laboratório de virtualização (II)


Tal como referi no final do meu anterior artigo, continuei a instalação do meu laboratório com a criação de máquinas virtuais no PC desktop. Mas desta vez utilizei o VMware e o VirtualBox para explorar a possibilidade de utilizar um conjunto de servidores virtualizados através de tecnologias de virtualização diferentes e rivais.

Insisti no detalhe de configuração das redes porque essa é a base do todo o trabalho que se segue; uma máquina virtual isolada pode ser importante mas eu quero mostrar como elas podem trabalhar em conjunto e, por isso mesmo, a configuração correcta das redes é de grande importância.

Importar uma Máquina Virtual para o VMware


Comecei por instalar uma MV no VMware Workstation. Ou melhor, aproveitei o trabalho que já tinha feito e utilizei o ficheiro .vhd generalizado com o sysprep, que tinha guardado. Uma vez que o VMware não suporta directamente a utilização de ficheiros .vhd foi necessário converter o ficheiro em causa do formato utilizado pelo Hyper-V (Virtual Hard Disk, ou seja, .vhd) para o formato utilizado pelo VMware (Virtual Machine Disk, ou seja, .vmdk).

O utilitário gratuito VMware vCenter Converter Standalone, que se pode obter directamente a partir do site oficial da VMware, não resolve o problema visto que não faz este tipo de conversão, embora possa converter a partir de outros formatos e até directamente a partir de servidores de Hyper-V a funcionar. Mas o que me interessava era utilizar a trabalho que já tinha realizado e por isso recorri à ferramenta WinImage.

O processo foi simples:

Seleccionei a opção correcta a partir do menu Disk e seleccionei o ficheiro de origem;

WinImage