A Evolução da Computação: Computação Distribuída
Depois dos microcomputadores, foi a vez dos sistemas de computação distribuída. Uma das mais importantes características deste ambiente de computação era o facto de todos os mais importantes sistemas operativos estarem instalados em servidores pequenos e baratos. Isto significava que era fácil para todos os grupos dentro das organizações instalar servidores fora do controlo do tradicional modelo de computação centralizada. Como resultado desta tendência, diversas aplicações surgiram sem que fossem seguidas as normas de desenvolvimento estabelecidas porque os engenheiros e programadores as desenvolviam nos seus postos de trabalho. Mais tarde, como eram partilhados por muita gente no departamento, esses postos de trabalho tornavam-se servidores e as aplicações passavam a desempenhar tarefas críticas dentro da organização.
Neste ambiente, era também vulgar seguir um modelo de desenvolvimento em que cada aplicação tinha o seu servidor. Muitas vezes, o financiamento para o desenvolvimento de uma nova aplicação era atribuído por unidades de negócio que insistiam em ter as suas próprias aplicações nos seus próprios servidores o que fazia com o número de servidores fosse crescendo à medida que as novas aplicações iam surgindo e entrando em produção. Na realidade o problema era muito mais grave porque cada aplicação requeria, no mínimo, três novos servidores: de desenvolvimento, de teste e de treino. Posteriormente seriam certamente adicionados os de produção e os de apoio e recuperação de desastres.
Ou seja, nas grandes organizações era comum adquirir entre 8 a 10 novos servidores para cada nova aplicação. É o prelúdio de uma tremenda bolha especulativa que levaria ao colapso de imensas empresas que viram no ciberespaço uma ilusão de lucro fácil e ilimitado.
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